Proposta de protocolo para colagem ortodôntica com cimento de ionômero de vidro restaurador

Nome: Patricia Albani Ferri
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 27/09/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Christina Thomé Pacheco Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Diego Coelho Lorenzoni Examinador Externo
Juliana Malacarne Zanon Examinador Interno
Maria Christina Thomé Pacheco Orientador

Resumo: O compósito resinoso é o material mais utilizado para a colagem dos bráquetes no tratamento ortodôntico, porém apresenta riscos ao esmalte e formação de manchas brancas. O cimento de ionômero de vidro modificado por resina (CIVMR) vem sendo utilizado como alternativa para a colagem ortodôntica, por permitir a liberação de flúor e ter menor resistência de união que o compósito, diminuindo assim os riscos de lesão ao esmalte. Entretanto, existe apenas um único CIVMR indicado especificamente para a colagem de bráquetes, o Fuji Ortho LC® (GC América Corporation, Tóquio, Japão) o qual nem sempre está disponível em todos os países devido a problemas de importação. O objetivo foi propor a utilização dos cimentos de ionômero de vidro restauradores como materiais de colagem na Ortodontia. Foram utilizados 120 dentes bovinos distribuídos aleatoriamente em 6 grupos (n = 20): Grupo FO (dentes umedecidos com água e bráquetes colados com CIVMR Fuji Ortho LC®®, conforme recomendações do fabricante); Grupo RAG (dentes umedecidos com água e bráquetes colados com CIVMR Riva LC®); Grupo RAD (dentes umedecidos com adesivo Prime Bond 2.1® sem fotoativação e bráquetes colados com CIVMR Riva LC®); Grupo GLAG (dentes umedecidos com água e bráquetes colados com CIVMR Gold Label 2 LC®); Grupo GLAD (dentes umedecidos com adesivo Prime Bond 2.1® sem fotoativação e bráquetes colados com CIVMR Gold Label 2 LC®); e Grupo XT (dentes umedecidos com adesivo Light Cure Adhesive Primer fotoativado por 20 segundos e bráquetes colados com compósito resinoso Transbond XT®, conforme recomendações do fabricante). Todos os dentes foram condicionados previamente com ácido fosfórico 37% por 20 segundos e fotoativados após as colagens, por 40 segundos. Após 24 horas, foram submetidos ao ensaio de resistência da união ao cisalhamento e fotografados com aumento de 16 vezes para avaliação dos remanescentes de adesivo, das superfícies de fratura das colagens e das lesões em esmalte. Uma amostra de cada grupo foi levada ao microscópio eletrônico de varredura e espectroscopia por energia dispersiva (MEV/EDS) para verificação da interface material/esmalte e análise química dos materiais. Com exceção do grupo GLAD, as resistências médias das colagens com os CIVMR ficaram entre 9 e 12 MPa, dentro da faixa necessária para resistir às tensões mastigatórias e da movimentação ortodôntica, sem diferença significativa entre CIVMR restauradores e ortodôntico (p>0,05). A utilização do adesivo proporcionou aumento da resistência da união no grupo GLAD (p<0,05). Os grupos XT e GLAD mostraram resistência da união média acima de 12 MPa, sem diferença significativa (p>0,05) entre eles. Fraturas de esmalte ocorreram em alguns dentes com resistência da união acima de 13 MPa. Após a descolagem os CIVMR restauradores e ortodôntico apresentaram menor quantidade de remanescente de material no esmalte e sítios de fratura mais próximos da interface esmalte/material quando comparados ao compósito resinoso. Para utilizar CIVMR restauradores em colagem ortodôntica os dentes devem ser previamente condicionados e umedecidos com água, para melhor proteção do esmalte dentário. A utilização do adesivo previamente à colagem deve ser indicada onde houver necessidade de maior resistência da união, como a região de dentes posterior e em casos de cirurgia ortognática.

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